quinta-feira, 17 de julho de 2014

madeira

seus braços negros ondulam
serpenteiam nos meus olhos movediços 
minha fraqueza arde pelas marés doidas
apela pelo caos risonho e andarilho 

disseram-me: imploda-se!

nada passa de mim 
escrava dessas subst     ânsias 
interruptas de vazios espumas

sou toda vazamento mesmo oca 
e contemplo o tédio dos seus olhos
que ressuscitaram essas palavras 

quando o silêncio tinha peso 
quando o silêncio despia meu medo 
quando o silêncio me era desejo 

quando o silêncio

era seco
e explícito

tesão turvo. 

Nenhum comentário: