a voz doce da dissimulação acalenta minhas sombras
que são suas
que tatuam minha pele com o contorno da agonia
te dobrando ao meio dentro da casa do desespero
convento ao avesso
contesto sua miserável dor
onde me puxam pelo braço
os tentáculos da conformidade
miram no meu peito um veneno sólido,
injetado em plena fúria
moribunda, vago pela rua rasa
caçando meus delírios oníricos
paixão turva&ébria afina meu ouvido
sou depósito onde te cantam dígitos solitários
esparramados
quando você era eu, já lhe pesava no osso fino a mão do não em ebulição
sobra'qui meu choro que não molha,
mas queima
vazo no precipício onde te esguio de beira.
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