no quintal dos meus sonhos
acaricio aquela cruz fincada em mim
e nela se pendura a musa puta
que te faz rasgar a crosta da pele absurda
demente por princípio
delirante por base
é o amor líquido que escorre até o fundo
sou teu poço,
fosso,
poro solitário do corpo
contorno da escuridão no meio da rua
onde me apago
me apego
me afasto
sou sua curva em rotação rítmica
me ajoelho no calvário pra te provocar ira
desabo
depois do rasgo dos cortes graves
bem no centro do seu colo ACELERADO
habitat natural do tempo abstraído
versículo&textículo do meu eu
convertido.
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