sexta-feira, 11 de julho de 2014

XII

no quintal dos meus sonhos
acaricio aquela cruz fincada em mim
e nela se pendura a musa puta
que te faz rasgar a crosta da pele absurda

demente por princípio 
delirante por base


é o amor líquido que escorre até o fundo
sou teu poço, 

                   fosso, 
                         poro solitário do corpo

contorno da escuridão no meio da rua
onde            me apago

                                  me apego 
                      me afasto

sou sua curva em rotação rítmica
me ajoelho no calvário pra te provocar ira

desabo

depois do rasgo dos cortes graves
bem no centro do seu colo ACELERADO
habitat natural do tempo abstraído
versículo&textículo do meu eu
convertido.

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