quinta-feira, 16 de outubro de 2014

pra não ter que dizer AH!

desdobro línguas 

em linha reta em ordem

me falsifico 


rasgo traços geométricos


aos toques mudos


reparo no que o escuro projeta


: me visita sempre um medo sólido


elegante até, quase excitante


que eu toco com os ouvidos


sou ridícula e muito agoniada 


tenho fome de falta de pedra de terra


e quando me tenho em potência


arrebentam pontos mornos 


como se fosse avalanche da cabeça


vindos de um nada histérico 


feito o cão


mas tudo isso eu disfarço.

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